quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Escolher a profissão ajuda a motivar estudos; especialista dá dicas para decidir

Por que adolescentes gostam de estudar ouvindo música e de falar durante a aula? 

Comportamentos considerados como parte da "rebeldia" da juventude podem ser explicados pelas mudanças biológicas que estão em curso nesta fase da vida. De acordo com o psicólogo e orientador educacional Ivo Carraro, "na puberdade, que ocorre entre os 10 e os 13 anos, o corpo cresce rapidamente e entram em ação os hormônios da puberdade. Para dar conta disso, o cérebro se transforma". As transformações só terminam aos 30 anos.

Essas mudanças podem fazer com que o estudante com mais de 13 anos tenha dificuldade para reter os conhecimentos. "Ele age por impulsos emocionais, não mede as consequências dos atos, muda muito de opinião e tem dificuldade para se colocar no lugar de outras pessoas [por isso conversa mais durante as aulas, por exemplo]", explica.

Outra diferença importante no cérebro é a diminuição no sistema de recompensas. "Nessa fase, o estudante tem que ter um estímulo externo bem maior para que tenha a sensação de prazer; daí vem o gosto em ouvir música alta e ir em baladas", diz Carraro.

A pergunta que fica é a seguinte: como estimular os jovens dessa faixa etária a estudar? O estímulo do adolescente será natural quando os estudos forem uma fonte de prazer. E isso ocorrerá, segundo o professor, quando o jovem souber que carreira pretende seguir no futuro. "Ele tem que saber onde quer chegar, ter um projeto de vida, pois quem não tem destino acaba se perdendo", pondera.

O docente enumera algumas dicas para os adolescentes decidirem qual profissão seguir; confira:


  • Conhecimento: "O jovem deve buscar informações a respeito das profissões e cursos que lhe interessam, falar com profissionais da área, ver se serão ocupações prazerosas para eles e, principalmente ter autoconhecimento [para definirem o que querem]";


  • Plano: Depois que escolheu a profissão, é preciso verificar o que é necessário fazer para entrar na faculdade em que se quer estudar. "Com isso, ele estrutura o cérebro para conseguir o que quer", explica o professor


  • Gosto: o professor ressalta, no entanto, que não basta escolher uma carreira. "É preciso gostar de percorrer o caminho. Quando as pessoas gostam do que fazem, automaticamente, estruturam o intelecto, a razão, e aí ocorre o crescimento humano", diz;


  • Carraro, que orienta cerca de mil estudantes por ano em Curitiba, conta que é possível dividir esse contingente em três tipos: Há aqueles que já sabem o que querem e tem uma dúvida ou outra; aqueles que tem bastante dúvidas; ou, ainda, aqueles que não tem a menor ideia do que pretendem fazer no futuro. Segundo o docente, a dificuldade em escolher vem do fato de que, no século XX, foram criadas muitas profissões. "O grande desafio é escutar as pessoas e tomar a decisão por conta própria", diz.

    E o que fazer quando o jovem ainda não conseguiu escolher a profissão? Segundo o professor, esse estudante não pode perder o foco e deve compreender a finalidade da escola: "O aluno tem que ter disciplina para assimilar o que a escola apresenta e construir autonomia para que ele consiga tomar a decisão da profissão", explica. "Ele tem que encontrar sentido em sair de casa e dirigir-se à sua escola", completa.

    Biologia:Vida e energia - Fotossíntese e fermentação

    Fotossíntese é o processo biológico pelo qual as plantas portadoras de pigmentos capazes de absorver a energia do Sol convertem o gás carbônico e a água em substâncias orgânicas e oxigênio.



    Dos compostos orgânicos elaborados pela fotossíntese:

    a) parte é empregada na organização do próprio vegetal;

    b) parte é metabolizada e libera a energia indispensável à manutenção das atividades da planta, através das reações de respiração e fermentação;

    c) parte é consumida como alimento pelos animais;

    d) parte é decomposta pela ação de microorganismos; e

    e) parte passa a se fossilizar, podendo, no futuro, servir como combustível.



    O oxigênio liberado pela fotossíntese é usado na respiração da grande maioria dos seres vivos. Certas bactérias e fungos, através da quimiossíntese, também sintetizam matéria orgânica.



    O processo da fotossíntese pode ser resumido na seguinte equação química:


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    Observação: a fórmula entre parênteses não representa uma molécula, mas apenas um grupamento de átomos que pode ser parte de uma estrutura maior. Assim, (CH2O) simboliza os carboidratos em geral.



    A fotossíntese pode ser dividida em duas fases: a fase de claro (ou fotoquímica) e a fase de escuro (ou enzimática).







    1. A fase de claro

    Nesta fase ocorrem duas reações que dependem da presença de luz: a quebra da água em oxigênio e hidrogênio (fotólise da água) e a transformação de ADP + P em ATP (fotofosforilação). A fase de claro ocorre nas lamelas dos cloroplastos.

    Na fotólise, as moléculas de água se quebram, com a ação da luz, em hidrogênio e hidroxila (OH). O hidrogênio é capturado por moléculas de uma substância chamada NADP (nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato) originando NADPH2. As hidroxilas reagem entre si formando água.

    Na fotofosforilação o ADP liga-se a um átomo de fosfato (P) através da ação da clorofila na presença de luz.

    2. A fase de escuro

    Nesta fase as reações não dependem de energia luminosa. Podem ocorrer tanto na presença quanto na ausência de luz e acontecem no estroma do cloroplasto. Nela ocorre a redução do gás carbônico (CO2), capturado do ambiente, em açúcar. A redução do CO2 ocorre através da ação do NADPH2 e da energia do ATP, ambos produzidos durante a fase de claro.




    As fases da fotossíntese podem ser resumidas através do seguinte esquema:


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    O gás carbônico e a água, à custa da clorofila e da energia solar, são, na planta, convertidos em carboidratos, com liberação de oxigênio. Grandes quantidades de gás carbônico, resultantes da respiração dos animais e das próprias plantas, da fermentação dos microorganismos e de todas as combustões ocorridas na Terra, se transformam em igual volume de oxigênio.




    Fermentação

    Em condições de exercício intenso, o gás oxigênio obtido pela respiração pulmonar pode ser insuficiente para suprir as necessidades das células musculares no trabalho de obter energia a partir da respiração celular.



    No entanto, mesmo na ausência de gás oxigênio, as células musculares podem realizar a liberação da energia disponível na glicose, levando à formação de moléculas de ATP, ainda que em menor quantidade. Nessas condições, as células musculares realizam a fermentação láctica, processo que é praticamente idêntico à glicólise, com a diferença de que o ácido pirúvico é transformado em ácido láctico, com a formação de 2 ATPs:



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    C6H12O6 - glicose, ADP - difosfato de adenosina e Pi - fósforo inorgânico; C3H6O3 - ácido láctico e ATP- trifosfato de adenosina.



    A fermentação láctica também é realizada por outros seres vivos, como alguns fungos e protozoários, além de certas bactérias, como as do gênero Lactobacillus, que fermentam o leite.


    Há outro tipo de fermentação, realizado por certos fungos, como as leveduras (Saccharomyces cerevisae), que podem viver em ausência do gás oxigênio: a fermentação alcoólica, em que o ácido pirúvico é transformado em gás carbônico e etanol (ou álcool etílico), com o mesmo rendimento de 2 ATPs:



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    C2H5OH - etanol ou álcool etílico

    Redação em Pauta: Desenvolvimento insuficiente prejudica redação


    O estudante faz uma leitura superficial dos fatos. Talvez seja esse o principal problema do texto. No parágrafo introdutório, no qual caberia a tese a ser defendida, está apenas a constatação de que a população brasileira está muito confusa diante das atitudes eticamente condenáveis perpetradas pelos governantes.

    O desenvolvimento dessa idéia revela certo simplismo. É verdade que, mais uma vez, o dinheiro do povo está sendo desviado de seus objetivos e que os problemas crônicos do país- saúde, educação, desemprego e violência- continuam negligenciados. Ocorre, entretanto, que talvez não seja esse o foco da questão.

    Estamos diante de uma situação complexa. O grupo que ora se encontra no poder simbolizava a esperança de renovação e, sobretudo, de compromisso com os anseios do povo. A frustração imensa que acomete as pessoas vem do sentimento de traição da confiança. Além disso, não se trata agora simplesmente de indivíduos que se aproveitam do poder para assaltar o erário e encher os próprios bolsos. Estamos diante da revelação de práticas absolutamente desrespeitosas à ética, como a compra de votos, que vem sendo chamada de "mensalão".

    Se, por um lado, o conhecimento dos fatos nos faz desacreditar ainda mais da classe política, por outro- e isso talvez nos sirva de alento-, é ele que nos pode conduzir à construção de novos caminhos. Essa é a discussão contida na proposta de redação.

    É importante que o redator assuma uma posição, seja qual for, e a defenda. O debate de idéias, bem como a proposição de hipóteses e ponderações, enriquece o texto dissertativo. A mera constatação dos fatos é insuficiente.

    Ao dissertar, é preciso emitir opiniões e validá-las por meio de argumentos. É a capacidade de organizar um raciocínio que é valorizada na redação.

    Convém deixar claro que uma opinião é um pensamento construído. Só temos opinião sobre aquilo que é objeto de nossa reflexão. É preciso que nós nos convençamos das idéias que pretendemos expor aos outros, O texto aqui comentado não se desenvolve porque o autor não se propõe posicionamentos nem reflexão. É preciso buscar os pontos problemáticos do tema, aqueles capazes de suscitar a polêmica. Ao problematizar o tema, as idéias surgem. Depois, o trabalho é selecioná-las e hierarquizá-las.

    A linguagem, por sua vez, deve abandonar o tom informal e, com o máximo de precisão e correção gramatical, contribuir para a articulação das idéias.

    HISTÓRIA DO BRASIL: Regime militar (1964-1985)

    Entre 31 de março e 1º de abril de 1964, o presidente João Goulart - que havia assumido a presidência após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961 - foi destituído do poder pelos militares, apoiados não só pelas classes conservadoras ou pela elite, mas também por amplos setores das classes médias, descontentes com a crescente influência política de lideranças sindicais esquerdistas no governo federal.

    A sublevação militar partiu de vários pontos do país. No dia 1º de abril, Goulart abandonou o poder, ordenou a cessação de toda e qualquer resistência e seguiu para o exílio no Uruguai.

    Depois de quinze dias em que a presidência foi ocupada pelo presidente Câmara dos Deputados, Pascoal Ranieri Mazzilli (sob a tutela do alto comando revolucionário), assumiu o poder o chefe do Estado Maior do Exército, general Humberto de Alencar Castelo Branco.

    1) Governo Humberto de Alencar Castelo Branco


  • abril de 1964 a julho de 1967;

  • suspensão dos direitos políticos dos cidadãos;

  • cassação de mandatos parlamentares;

  • eleições para governadores passam a ser indiretas;

  • dissolução dos partidos políticos e criação da Aliança Renovadora Nacional (Arena), que reuniu os governistas, e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que reuniu as oposições.

  • nova Constituição entrou em vigor (janeiro de 1967);

  • proibição de greves.

    2) Governo Arthur da Costa e Silva


  • março de 1967 a agosto de 1969;

  • enfrentamento da reorganização política dos setores oposicionistas;

  • radicalização das medidas repressivas (promulgação do Ato Institucional nº 5);

  • Costa e Silva foi afastado por motivos de saúde e substituído, durante dois meses, por uma junta militar.

    3) Governo Emílio Garrastazu Médici


  • novembro de 1969 a março de 1974;

  • o mais repressivo do período ditatorial;

  • organizações clandestinas de esquerda foram dizimadas;

  • "milagre econômico": fase áurea de desenvolvimento do país, com recursos investidos em infra-estrutura;

  • crescimento da dívida externa.

    4) Governo Ernesto Geisel


  • março de 1974 a março de 1979;

  • crise mundial do petróleo, recessão mundial, escassez de investimentos estrangeiros no país;

  • MDB consegue expressiva vitória nas eleições gerais de 1974;

  • início da distensão lenta e gradual;

  • militares extremistas ofereceram resistência à política de liberalização;

  • revogação do AI-5 e restauração do habeas corpus.

    5) Governo João Baptista de Oliveira Figueiredo


  • março de 1979 a março de 1985;

  • aceleração do processo de liberalização política (aprovação da Lei de Anistia);

  • restabelecimento do pluripartidarismo;

  • resistência de militares extremistas;

  • aumento dos índices de inflação;

  • recessão;

  • movimento Diretas Já;

  • Colégio Eleitoral (formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal) escolheu o deputado Tancredo Neves como sucessor, que veio a falecer. Em seu lugar assumiu o vice-presidente, José Sarney.
  • Saiba qual é a diferença entre faculdade, centro universitário e universidade

    Você até pode ouvir um monte de siglas para os nomes das instituições de ensino superior, mas a verdade é que só existem três tipos delas no Brasil: as universidades, os centros universitários e as faculdades.

    Estudantes em sala de aula
    da USP (Universidade de São Paulo)
    E qual a diferença na prática? Segundo Ivelise Fortim, professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e coautora do livro "Orientação Profissional Passo a Passo", basicamente, é uma só: "Quando você está dentro da universidade, tem maior chance de participar de pesquisas e de fazer iniciação científica [projeto de estudos durante a graduação]".

    Tudo depende, de acordo com Ivelise, do interesse do estudante: "Se ele tem a intenção de voltar sua formação somente para a entrada no mercado de trabalho, tanto faz o tipo de instituição que escolher", aponta.

    É claro que esta é uma generalização, já que há faculdades que fazem pesquisa séria, têm trabalhos com a comunidade e boa qualidade de ensino. Ao mesmo tempo, também existem universidades que deixam a desejar nas condições de ensino.

    Por isso, na hora de escolher, é preciso ficar atento se a instituição de ensino cumpre o que é exigido pelo MEC (Ministério da Educação) e pela lei brasileira.

    Universidade

    As universidades devem oferecer, obrigatoriamente, atividades de ensino, de pesquisa e de extensão (serviços ou atendimentos à comunidade) em várias áreas do saber. Elas têm autonomia e podem criar cursos sem pedir permissão ao MEC.

    As federais são criadas somente por lei, com aprovação do Congresso Nacional. As particulares podem surgir a partir de outras instituições como centros universitários.

    Os requisitos mínimos são os seguintes:


  • Um terço do corpo docente, pelo menos, deve ter título de mestrado ou doutorado. Quanto maior a titulação dos professores, mais tempo de pesquisa e mais experiência para transmitirem aos estudantes.

  • Um terço do professorado deve ter contrato em regime de tempo integral - esses são os profissionais que costumam oferecer maior dedicação à instituição. Quando um docente é contratado para poucas aulas, normalmente, tem menos tempo para atender os universitários e para desenvolver projetos de pesquisa e extensão.

  • Desenvolver, pelo menos, quatro programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) com boa qualidade - um deles deve ser de doutorado.


  • Centro universitário

    Os centros universitários, assim como as universidades, têm graduações em vários campos do saber e autonomia para criar cursos no ensino superior.

    Em geral, são menores do que as universidades e têm menor exigência de programas de pós-graduação. No entanto, há algumas regras que eles precisam cumprir:


  • Ter, no mínimo, um terço do corpo docente com mestrado ou doutorado.

  • Ter, pelo menos, um quinto dos professores contratados em regime de tempo integral (observe que o percentual é menor do que o exigido nas universidades).


  • Faculdade

    As faculdades são instituições de ensino superior que atuam em um número pequeno de áreas do saber. Muitas vezes, são especializadas e oferecem apenas cursos na área de saúde ou de economia e administração, por exemplo.

    Outra diferença para os centros universitários e universidades é a seguinte: quando uma faculdade pretende lançar um curso, ela tem de pedir autorização do Ministério da Educação - ou seja, não tem autonomia para criar programas de ensino. Contudo, as faculdades devem cumprir uma exigência:


  • O corpo docente tem de ter, no mínimo, pós-graduação lato sensu - normalmente menores do que os mestrados e doutorados.


  • Fontes consultadas: site do MEC e Instrumento de Avaliação Institucional Externa.

    Direito, medicina e engenharia: saiba por que esses cursos são campeões nos pré-vestibulares

    Se você perguntar para um pré-vestibulando em que curso que ele está tentando uma vaga, é possível que ouça “direito”, “medicina” ou “engenharia”. Cursinhos consultados pelo UOL Vestibular confirmam: os cursos tradicionais e mais concorridos ainda fazem a cabeça de quem vai prestar vestibular neste ano.

    O que leva um estudante a optar por um desses três cursos? Os motivos variam –desde “vocação” à pressão da família–, mas a reportagem visitou cursinhos em São Paulo para tentar descobrir o porquê.

    Pedro Vicente, 17, vai tentar entrar para engenharia de computação na USP (Universidade de São Paulo) e na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). “Sempre gostei de computador, fazia coisas em Flash. Gosto bastante de videogame”, afirma.
    Bruno Blanco, 20, desistiu de economia para tentar engenharia química. Vai tentar neste ano, pela segunda vez, o novo curso. Ele diz que levou em conta o “status” da profissão e o “retorno financeiro”.


    Trocas


    O caso de Carolina Strauss, 18, envolve uma troca entre os grandes cursos. Ela, primeiro, tentou medicina. Não conseguiu. “Minha cabeça pensa muito em exatas”, diz, ao tentar justificar a nova escolha: engenharia química (ou de alimentos). “Não vou mudar de novo.”
    Já Natália Sales, 19, até tentou direito, mas mudou de ideia. “Chamou a atenção pelo mercado de trabalho. Desisti. Não tinha nada a ver comigo”, afirma. Ela, agora, aposta em uma área totalmente diferente: audiovisual. “Mas não sei como é o mercado”, diz.

    Tópico: Profissões "FARMÁCIA"


    9-Farmácia

    É o estudo da composição e dos processos produtivos de medicamentos, cosméticos e alimentos industrializados. O farmacêutico pesquisa e prepara medicamentos, cosméticos e produtos de higiene pessoal; examina e testa substâncias e princípios ativos que entram em sua composição e observa as reações provocadas no organismo. Registra novas drogas, distribui e comercializa os produtos e verifica se chegam ao consumidor dentro das normas sanitárias.

    Em laboratórios de análises clínicas, pesquisa, registra e realiza exames clínico-laboratoriais e toxicológicos para auxílio do diagnóstico e acompanhamento de doenças. Em farmácias, distribui medicamentos e prepara fórmulas personalizadas. Na indústria alimentícia, controla a qualidade das matérias-primas e do produto final, estudando e estabelecendo métodos para evitar e detectar adulterações e falsificações, a fim de impedir danos à saúde pública.


    O mercado de trabalho


    O farmacêutico é cada vez mais solicitado para atuar em frentes como o combate aos remédios falsificados e o cuidado com a qualidade dos medicamentos e dos alimentos. Além das indústrias, que abrem vagas principalmente para quem atua nas áreas de pesquisa e controle de qualidade, as distribuidoras de medicamentos têm se mostrado grandes empregadoras, pois precisam do profissional para acompanhar o transporte, o armazenamento e a distribuição de seus produtos. Nesses casos, as vagas se concentram mais no estado de São Paulo, mas há oportunidades ainda no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. As farmácias e as drogarias também são grandes empregadoras, já que a legislação obriga que esses estabelecimentos tenham um farmacêutico responsável. Nos últimos anos, hospitais e planos de saúde têm incluído o farmacêutico em suas equipes de home care, abrindo um novo campo de trabalho para o profissional, que tem sido procurado ainda por indústrias de medicamentos fitoterápicos para coordenar ou supervisionar a produção.


    O curso


    As matérias das áreas de biologia, física e química acompanham o aluno durante todo o curso. Nos três primeiros anos, você estuda química orgânica, inorgânica, analítica, parasitologia, microbiologia, imunologia e anatomia. Entre as disciplinas profissionalizantes estão fisiopatologia, toxicologia, análise e controle de qualidade, química farmacêutica, farmacologia, tecnologia farmacêutica e de cosméticos. As aulas práticas, em laboratório, ocupam grande parte da carga horária. Algumas escolas oferecem graduação direta numa habilitação específica, como alimentos ou análises clínicas. O estágio é obrigatório. Duração média: cinco anos.
    Outro nome: Ciên. Farm.


    O que você pode fazer


    Votar em palhaço é uma forma válida de protestar?

    O desgosto do brasileiro com os políticos tem gerado protestos inusitados, como a eleição de animais, em décadas passadas, e a candidatura de pessoas sem nenhuma ligação com a política, que chegam a declarar publicamente não entenderem nada sobre o cargo que disputam. O slogan mais comentado deste ano foi "Vote Tiririca, pior que tá não fica". O que você pensa disso? Esse tipo de voto de protesto ajuda o Brasil a melhorar? Passado o fervor da campanha eleitoral e concretizado o deboche por meio da eleição desses personagens, como fica o país e qual a contribuição desses novos políticos durante anos? Qual o prazo de validade da piada que se faz ao se votar em palhaços? Com base nos textos de apoio e em outras informações de que você disponha, elabore uma dissertação defendendo um ponto de vista sobre a pergunta: Votar em palhaço é uma forma válida de protestar?
    Envie sua redação para o email: aquitemconhecimento@gmail.com ,salvo no world que faremos a análise.


    Humor, política e cultura


    O ministro da Cultura, Juca Ferreira, criticou, nesta terça-feira, o candidato a deputado federal Francisco Everaldo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca (PR-SP). Ele aparece na TV com o slogan "Vote Tiririca, pior que tá não fica".
    "Respeito muito o Tiririca por ser um artista de circo e conseguir se firmar nos meios de comunicação de massa", disse. "Mas acho que ele não está prestando um bom serviço à democracia. Acho que é um deboche com a democracia", completou, após ser questionado por jornalistas sobre o slogan.
    (...)
    Juca Ferreira defendeu o fim da censura a programas humorísticos. Na semana passada, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Ayres Britto suspendeu parte da legislação eleitoral que proibia "trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo" que ridicularizasse candidatos, partidos ou coligações. Pela lei, piadas e paródias ficariam vedadas a partir de 1º de julho do ano eleitoral.

    "Cercear o humor é cercear parte da cultura brasileira. A censura não é a saída", disse o ministro, ao receber o manifesto de artistas do movimento Humor sem Censura.


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    Trechos de entrevista de Tiririca à "Folha de S. Paulo"


    Folha: Por que você decidiu se candidatar?
    Tiririca: Eu recebi o convite há um ano. Conversei com minha mãe, ela me aconselhou a entrar porque daria pra ajudar as pessoas mais necessitadas. Eu tô entrando de cabeça.

    Folha: Quais são as suas principais propostas?

    Tiririca: Como eu sou cara que vem de baixo, e graças a Deus consegui espaço, eu tô trabalhando pelos nordestinos, pelas crianças e pelos desfavorecidos.

    Folha: Mas tem algum projeto concreto que você queira levar para a Câmara?

    Tiririca: De cabeça, assim, não dá pra falar. Mas como tem uma equipe trabalhando por trás, a gente tem os projetos que tão elaborados, tá tudo beleza. Eu quero ajudar muito o lance dos nordestinos.

    Folha: O que você poderia fazer pelos nordestinos?

    Tiririca: Acabar com a discriminação, que é muito grande. Eu sei que o lance da constituição civil, lei trabalhista... A gente tem uma porrada de coisa que... de cabeça assim é complicado pra te falar. Mas tá tudo no papel, e tá beleza. Tenho certeza de que vai dar certo.

    Folha: Você tem ideia de quanto custa a campanha?

    Tiririca: Cara, não tá sendo barata. Não tenho ideia, não.

    Folha: O que você conhece sobre a atividade de deputado?

    Tiririca: Pra te falar a verdade, não conheço nada. Mas tando lá vou passar a conhecer.

    Folha: Até agora você não sabe nada sobre a Câmara?

    Tiririca: Não, nada.

    Folha: Você pretende se vestir de Tiririca na Câmara?

    Tiririca:Não, de maneira alguma.

    Folha: Em quem votou para deputado na última eleição?

    Tiririca: Pra te falar a verdade, eu nunca votei. Sempre justifiquei meu voto.

    [Folha.com]