quarta-feira, 6 de outubro de 2010

HISTÓRIA DO BRASIL: Regime militar (1964-1985)

Entre 31 de março e 1º de abril de 1964, o presidente João Goulart - que havia assumido a presidência após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961 - foi destituído do poder pelos militares, apoiados não só pelas classes conservadoras ou pela elite, mas também por amplos setores das classes médias, descontentes com a crescente influência política de lideranças sindicais esquerdistas no governo federal.

A sublevação militar partiu de vários pontos do país. No dia 1º de abril, Goulart abandonou o poder, ordenou a cessação de toda e qualquer resistência e seguiu para o exílio no Uruguai.

Depois de quinze dias em que a presidência foi ocupada pelo presidente Câmara dos Deputados, Pascoal Ranieri Mazzilli (sob a tutela do alto comando revolucionário), assumiu o poder o chefe do Estado Maior do Exército, general Humberto de Alencar Castelo Branco.

1) Governo Humberto de Alencar Castelo Branco


  • abril de 1964 a julho de 1967;

  • suspensão dos direitos políticos dos cidadãos;

  • cassação de mandatos parlamentares;

  • eleições para governadores passam a ser indiretas;

  • dissolução dos partidos políticos e criação da Aliança Renovadora Nacional (Arena), que reuniu os governistas, e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que reuniu as oposições.

  • nova Constituição entrou em vigor (janeiro de 1967);

  • proibição de greves.

    2) Governo Arthur da Costa e Silva


  • março de 1967 a agosto de 1969;

  • enfrentamento da reorganização política dos setores oposicionistas;

  • radicalização das medidas repressivas (promulgação do Ato Institucional nº 5);

  • Costa e Silva foi afastado por motivos de saúde e substituído, durante dois meses, por uma junta militar.

    3) Governo Emílio Garrastazu Médici


  • novembro de 1969 a março de 1974;

  • o mais repressivo do período ditatorial;

  • organizações clandestinas de esquerda foram dizimadas;

  • "milagre econômico": fase áurea de desenvolvimento do país, com recursos investidos em infra-estrutura;

  • crescimento da dívida externa.

    4) Governo Ernesto Geisel


  • março de 1974 a março de 1979;

  • crise mundial do petróleo, recessão mundial, escassez de investimentos estrangeiros no país;

  • MDB consegue expressiva vitória nas eleições gerais de 1974;

  • início da distensão lenta e gradual;

  • militares extremistas ofereceram resistência à política de liberalização;

  • revogação do AI-5 e restauração do habeas corpus.

    5) Governo João Baptista de Oliveira Figueiredo


  • março de 1979 a março de 1985;

  • aceleração do processo de liberalização política (aprovação da Lei de Anistia);

  • restabelecimento do pluripartidarismo;

  • resistência de militares extremistas;

  • aumento dos índices de inflação;

  • recessão;

  • movimento Diretas Já;

  • Colégio Eleitoral (formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal) escolheu o deputado Tancredo Neves como sucessor, que veio a falecer. Em seu lugar assumiu o vice-presidente, José Sarney.
  • Nenhum comentário:

    Postar um comentário