quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Biologia: Genética - os seguidores de Mendel Dos cromossomos ao DNA

A estrutura molecular do DNA
Walter Sutton, um estudante de graduação no laboratório da Universidade de Columbia, nos EUA, foi o primeiro a declarar, em 1902, que os cromossomos obedecem às leis de Mendel. Ele se especializou no estudo de cromossomos de gafanhotos, dando início às pesquisas citológicas que contribuiriam para a elaboração da teoria cromossômica da hereditariedade. 

Em seu trabalho, Sutton concluiu que, durante o processo de meiose, no qual são produzidos óvulos e espermatozóides, cada gameta recebe apenas um cromossomo de cada tipo. Nas outras partes do corpo, as células possuem dois cromossomos de cada tipo, herdados de cada genitor. O padrão de segregação dos cromossomos durante a meiose corresponde aos padrões de segregação propostos por Mendel.

Naquele mesmo ano, um citologista alemão, T. Boveri, reconheceu que os cromossomos individuais são diferentes uns dos outros, mas não fez nenhuma conexão com os princípios mendelianos. No entanto, o supervisor de Sutton, E. B. Wilson, ofereceu co-autoria a Boveri pela proposição da teoria cromossômica da hereditariedade. 

Um ano mais tarde, Sutton publicou um trabalho intitulado "Os cromossomos na hereditariedade", no qual desenvolve com maiores detalhes sua hipótese. De acordo com alguns pesquisadores, com este trabalho de Sutton se inicia o estudo da citogenética. 

Apesar do nascimento de uma disciplina - a citogenética - que une os estudos da célula (citologia), dos genes e de sua transmissão às gerações seguintes (genética) ter ocorrido no ano de 1903, a palavra gene só foi criada em 1909, pelo botânico dinamarquês Wilhelm Johannsen, quando ele descreveu os fatores da hereditariedade nas experiências de Mendel. 

No que se refere ao termo genética, ele foi usado quatro anos antes pelo geneticista William Bateson em uma carta, mas só passou a ser utilizado pelos cientistas após a criação do termo gene por Johannsen. O termo gene vem da palavra grega genos, que significa nascimento.


Morgan, Beadle e Tatum


Depois dos gafanhotos, as moscas se tornaram um organismo modelo nos estudos da hereditariedade. Estudando as moscas Drosophila melanogaster, o pesquisador Thomas Hunt Morgan e seus colaboradores da Universidade de Columbia mostraram, no ano de 1911, que os genes estão localizados nos cromossomos e são as unidades da hereditariedade. Eles confirmaram a teoria cromossômica da hereditariedade e, por isso, Thomas Hunt Morgan recebeu, em 1933, o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina.

No ano de 1941, os cientistas George Beadle e Edward Tatum mostraram, por meio de experimentos com o fungo vermelho do pão, Neurospora crassa, que os genes agem regulando eventos químicos distintos. Eles concluíram que a função de um gene é dar instruções para a formação de uma enzima particular, que regula um evento químico.

Beadle e Tatum propuseram que, em geral, um gene codifica para a produção de uma enzima. A hipótese de Beadle e Tatum ficou conhecida como "um gene, uma enzima". Posteriormente, o nome da hipótese foi modificado para "um gene, um polipeptídeo", já que algumas proteínas são compostas por diferentescadeias de polipeptídeos, codificados por genes separados. 

O DNA revelado pelos raios X


Os cientistas interessados em ampliar os estudos de genética iniciaram suas pesquisas pelo nível celular, com os cromossomos, e, pouco a pouco, foram se aprofundando, até chegar ao nível molecular.

O DNA havia sido descoberto, no ano de 1868, pelo biólogo suíço Friedrich Miescher, mas permaneceu sem muita importância por cerca de 70 anos. Em 1943, o cientista britânico William Astbury extraiu o DNA de células, mergulhou uma agulha na solução viscosa de DNA e puxou um filamento contendo muitas moléculas alinhadas, quase que em paralelo, umas com as outras. Ele obteve, então, um padrão de difração de raios X para visualizar a molécula de DNA. 

Os padrões de difração de raios X de moléculas cristalizadas podem revelar suas estruturas com precisão atômica. Esta técnica revelou o DNA como uma estrutura regular e periódica. Astbury sugeriu que as bases de nucleotídeo do DNA estavam empilhadas umas sobre as outras como "uma pilha de moedas". 

Em 1952, Alfred Hershey e Martha Chase mostraram, com o auxílio de marcadores radioativos, que, quando um vírus infecta uma célula hospedeira (a bactéria Escherichia coli), para nela se reproduzir, é o seu DNA que invade a bactéria e não a sua capa protéica. Este experimento corroborou a hipótese feita pelos cientistas Avery, McLeod e McCarty no ano de 1944, de que o DNA é a molécula responsável pela hereditariedade. O experimento de Alfred Hershey e Martha Chase ofereceu suporte para a idéia de que os genes são feitos de DNA.

Muito já se sabia sobre o DNA no ano de 1953:


  • que o DNA é composto de nucleotídeos formados por três partes: um grupo fosfato, um açúcar com cinco átomos de carbono (pentose) e bases nitrogenadas (adenina, citosina, guanina e timina);

  • que no DNA de qualquer tipo de célula a quantidade de adenina é, aproximadamente, a mesma de timina, enquanto que a quantidade de citosina é aproximadamente a mesma de guanina. Isto foi demonstrado por Erwin Chargaff, em 1949;

  • e que o DNA possui grande simetria e consistência em sua estrutura.

    A estrutura molecular do DNA


    Dois pesquisadores do laboratório Cavendish, na Inglaterra, se dedicaram a obter mais informações sobre a estrutura química do DNA. O físico Francis Crick e o zoólogo James Watson se apressaram em desvendar a estrutura do DNA antes de qualquer pessoa. Eles competiam com o químico Linus Pauling.

    Enquanto Watson e Crick trabalhavam em seu modelo, Pauling publicou um trabalho sugerindo uma estrutura de tripla hélice para o DNA. O modelo de Pauling foi criticado por conter imperfeições químicas. Ao ler o trabalho de Pauling, Watson convenceu seus colegas de que tinha a interpretação correta. Um dos colegas, Maurice Wilkins, mostrou a Watson as imagens mais recentes de difração de raios X do DNA. Ao ver as imagens, Watson teve certeza de que sua idéia estava correta e começou a construir, junto com Crick, o novo modelo da estrutura do DNA.

    O modelo de Watson e Crick revelou as seguintes propriedades:

  • o DNA é uma dupla hélice, com o açúcar e o fosfato dos nucleotídeos formando os dois filamentos da hélice - e as bases nitrogenadas apontando para o interior da hélice e empilhando-se umas sobre as outras;

  • as bases nitrogenadas usam pontes de hidrogênio para parearem especificamente, com uma adenina sempre se opondo a uma timina, e uma citosina sempre se opondo a uma guanina;

  • os dois filamentos da dupla hélice correm em direções opostas.

    Em 1962, Watson, Crick e Wilkins receberam o prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina pela descoberta da estrutura molecular do DNA.
  • Cursar uma faculdade de primeira linha garante boa colocação profissional?

    Maturidade, disposição e uma boa relação interpessoal independem da faculdade cursada.

    Cursar uma faculdade de primeira linha pode significar melhores chances de carreiras, pois o candidato ficará mais evidenciado para empresas renomadas que geralmente procuram por pessoas com esse esse perfil. Mas, segundo Aline Bressan, consultora de recrutamento e seleção da Luandre Recursos Humanos, há vertentes que desmistificam isto.

    “Os aspectos comportamentais, ou seja, maturidade frente às situações, disposição para vestir à camisa da empresa, flexibilidade e relação interpessoal positiva são fatores que independem da graduação realizada. Esses fatores são essenciais para se destacar em diversas situações”, afirma Aline.

    Os perfis comportamentais, tanto daqueles que cursaram uma universidade “top” quanto os que realizaram ou realizam faculdades de segunda ou terceira linha são importantes para definir o sucesso num processo seletivo, pois aspectos mais amplos serão avaliados.

    “Aqueles que têm a possibilidade de cursar uma instituição de primeira linha não devem se acomodar; já os que cursam uma instituição de outras escalas não devem se vitimizar ou perder as esperanças em buscar uma oportunidade em grandes organizações. O desempenho na faculdade depende do aluno e ele tem que ter força de vontade para aprender e superar os desafios impostos”, afirma a especialista.

    Diferenciais

    A consultora diz que um diferencial importante para as duas situações é o aprendizado de um segundo idioma e a realização de estágios no decorrer da vida acadêmica devido à busca incessante de talentos pelas multinacionais.

    “Existem estratégias importantes para um sucesso profissional independentemente da faculdade que o candidato se formou. O aperfeiçoamento de um segundo idioma e a realização de estágios - mesmo que a bolsa auxílio seja suficiente somente para pagar a mensalidade da faculdade - são importantes", explica Aline.

    Dicas que podem ajudar os universitários

    - Não adie a entrada no mercado de trabalho;
    - Atualize-se através de cursos de capacitação ou idiomas;
    - Procure vivenciar na prática o que estiver aprendendo teoricamente;
    - Seja curioso, se relacione e aumente seu network.

    Segundo a consultora, vivências simples como acordar cedo, enfrentar um transporte público lotado ou um trânsito insalubre, aprender a conquistar um espaço com seus colegas da corporação, adquirir equilíbrio físico e emocional frente à pressão de seu gestor devem se encaradas.

    “Todo esforço é válido no inicio de sua carreira sendo possível trabalhar oito horas por dia, realizar uma especialização à noite e curso de idioma aos sábados.”

    Para Aline, há situações que somente a vida pode nos ofertar como o privilégio de olhar para trás e sentir-se um vencedor por conquistar e fazer a diferença por onde passar independentemente da universidade que realizar.

    Química: Química orgânica

    1) Cadeias carbônicas


  • Alifáticas  cadeias abertas. 

  • Cíclicas  cadeias fechadas. 

  • Saturadas  cadeia com ligações simples entre os carbonos. 

  • Insaturadas  cadeias com ligações duplas, triplas ou duplas e triplas entre átomos de carbono. 

  • Homogêneas  cadeia que só possui carbonos ligados entre si. 

  • Heterogênea  cadeia que possui um átomo diferente do de carbono interligando os demais.

    2) Nomenclatura

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    3) Hidrocarbonetos 

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    4) Funções 

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    Tabela de autoria de Erivanildo Lopes da Silva e Marcus Vinicius Bahia, em: Compostos orgânicos - Fórmulas estruturais e principais classes.
  • História do Brasil: Questão agrária no Brasil

    Desde os primórdios do Brasil prevaleceram no país os métodos da colonização portuguesa, baseados na concessão de enormes extensões de terra, as sesmarias, a beneficiários "de posses", ou seja, que dispusessem de capitais para investir na produção açucareira. A alta concentração fundiária, o sistema de latifúndio, que já marca, portanto, os começos da exploração agrícola, atravessa praticamente intacto os vários ciclos da história brasileira. 


    Ocupação da terra no Brasil (Colônia e Império)


    - Divisão do Brasil em capitanias (Coroa portuguesa transferia para particulares a responsabilidade de ocupar e explorar determinadas áreas). O sistema já havia sido utilizado com sucesso na colonização de outros territórios sob domínio português, como as ilhas Madeira, Cabo Verde e Açores.



  • Brasil foi dividido em 14 grandes extensões de terra, distribuídas entre funcionários da corte e a pequena nobreza de Portugal. Os donatários (os que recebiam as capitanias) tinham o "senhorio" sobre as terras, sendo obrigados a povoar e desenvolver economicamente o território.


  • Donatários concedem sesmarias (porções de terras destinadas à produção) a terceiros. O sistema de sesmarias havia sido instituído em Portugal no século 14, em meio à grave crise socioeconômica da Baixa Idade Média.


  • Os sesmeiros tinham o prazo-limite de cinco anos para cultivar as terras, podendo perdê-las se não cumprissem a legislação.


  • Entre os séculos 16 e 18, as capitanias voltaram, pouco a pouco, para o domínio da Coroa portuguesa.


  • Em 1759, as capitanias hereditárias foram extintas e o Brasil passou a se dividir em capitanias reais, doadas a fidalgos e religiosos portugueses.


  • Até a Independência o território foi continuamente repartido entre particulares.


  • Após 1822, o ritmo das ocupações permaneceu inalterado, com muitas terras ocupadas de forma ilegal, especialmente com a expansão das grandes fazendas produtoras de café.


  • No Segundo Reinado, aprovação da lei nº 601, a Lei de Terras (1850), a fim de regularizar a questão fundiária e responder aos novos desafios colocados pelo fim do tráfico negreiro e a necessidade de mão-de-obra estrangeira.


  • Grande parte das sesmarias e das posses, contudo, não foi legalizada; as terras do Império continuaram a ser ocupadas de forma ilegal e sistemática; boa parte das propriedades nunca foi medida nem demarcada; as multas, quando aplicadas, poucas vezes foram pagas.


    Questão agrária no Período Republicano

  • O problema da concentração fundiária permaneceu, portanto, e esteve na raiz dos principais confrontos sociais do período republicano: as guerras de Canudos e do Contestado.



  • Em Canudos, devemos salientar os problemas do coronelismo e da alta concentração de terras no interior nordestino, agravados pelos longos períodos de seca. No que e refere a Contestado, o problema se concentra na disputa surgida entre, de um lado, posseiros caboclos e pequenos fazendeiros, e, de outro, a empresa responsável pela construção da estrada de ferro ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul.



  • A partir de 1964 surge o Estatuto da Terra, segundo o qual o acesso à terra para quem nela vive e trabalha é um direito do trabalhador rural e promovê-lo é obrigação do Estado. No entanto, segundo pesquisa da Comissão Pastoral da Terra (ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB), nos 20 anos do regime militar foram assassinados 840 trabalhadores rurais.



  • Diante da ineficácia da legislação, surge, em 1979, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).



  • Como resposta à organização dos trabalhadores, forma-se, em 1985, a União Democrática Ruralista (UDR).



  • Em 1988, a nova Constituição reafirma a função social da terra.




  • Os problemas, no entanto, se sucedem: no período de 1985 a 1997 morreram no campo 1.003 trabalhadores e lideranças (como advogados, sindicalistas, religiosos). Nos oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso, foram 43 mortes por ano em disputas agrárias. Nos dois governos do presidente Lula a realidade também não mudou: só em 2008, segundo informações da Comissão Pastoral da Terra, foram 28 pessoas assassinadas.

  • Nova espécie de macaco com nariz arrebitado é descoberta em Mianmar



    Montagem feita a partir de uma carcaça mostra a nova espécie de macaco achada em Mianmar

    Uma nova espécie de macaco com o nariz arrebitado foi encontrada no nordeste de Mianmar (antiga Birmânia), na Ásia.
    As narinas do animal são voltadas para cima, portanto, quando chove, a água entra pelas cavidades, fazendo com que o macaco espirre.
    Há outras espécies com esse tipo de nariz, mas são bastante raras.
    Para os especialistas, a descoberta de uma nova espécie de primata é algo excepcional e demonstra a grande biodiversidade de Mianmar - uma riqueza que precisa ser protegida, eles enfatizam.
    A nova espécie foi descrita em um artigo divulgado na publicação especializada American Journal of Primatology.
    Barba e pelos nas orelhas
    Cientistas fazendo pesquisas na área identificaram o chamado macaco a partir de pele e crânios recebidos de caçadores locais, que haviam relatado a existência de uma espécie que não se encaixava nas descrições existentes.
    Depois, uma população pequena, estimada entre 260 e 330 indivíduos, foi localizada no Estado de Kachin, no norte de Mianmar.
    Os animais são pretos e têm tufos de pelo branco saindo das orelhas. Eles também têm barba no queixo, lábios carnudos e uma cauda longa, com comprimento de em torno de 140% o tamanho de seu corpo.
    A espécie está separada do habitat de outra espécie de macaco de nariz arrebitado pelos Rios Mekong e Salween.
    Uma equipe de primatologistas de Mianmar e outros países identificou formalmente a nova espécie, cujo nome científico é Rhinopithecus strykeri.
    O biólogo Frank Momberg, um dos diretores da ONG Fauna & Flora International (FFI), que trabalha pela preservação de plantas e animais, participou da expedição que descobriu a espécie.
    É absolutamente excepcional descobrir uma nova espécie de primata e, especialmente, descobrir uma nova espécie de macaco de nariz arrebitado é algo muito raro", disse Momberg à BBC.
    "Com o novo macaco de nariz arrebitado, Mianmar tem agora 15 espécies de primatas, o que enfatiza a importância do país para a preservação da biodiversidade".
    Na vizinhança da região habitada pela nova espécie vivem os macacos Yunnan (R. bieti), que também têm o nariz arrebitado.
    Segundo os especialistas, o fato de que os novos primatas estão isolados do outro grupo é uma indicação de que se trata de uma outra espécie e não uma espécie já identificada que tem apenas uma cor diferente.
    ‘Mey nwoah’
    Entrevistas com a população local revelaram que, embora cientistas desconhecessem a espécie, os moradores da área já sabiam da existência do animal, que é conhecido como mey nwoah, ou “macaco com o rosto virado para cima”.
    Segundo relatos de caçadores, é particularmente fácil identificar os macacos quando chove: eles espirram alto quando a água da chuva cai em suas narinas e tendem a ser vistos com a cabeça entre os joelhos.
    Todas as espécies de macacos de nariz arrebitado são consideradas seriamente ameaçadas de extinção, incluindo o impressionante macaco de rosto azul R. roxellana.
    A caça e a destruição do habitat desses animais são os fatores que mais ameaçam as populações de animais no mundo.
    A ONG Fauna & Flora International já iniciou campanhas envolvendo a população da área e a indústria madeireira para que o habitat da nova espécie seja protegido.
    "Se pudermos convencer a população da área a parar de caçar o macaco de nariz arrebitado, por meio da criação de um sentimento de orgulho local, desenvolvendo patrulhas comunitárias e monitoramento, e oferecendo fontes alternativas de sustento para comunidades que dependem da floresta, poderemos salvar (a nova espécie) da extinção", disse Momberg.

    Maioria dos jovens não pensa no futuro ao publicar conteúdos na internet

    Pesquisa com mais de 10,5 mil jovens de todo o Brasil traça um raio-x do comportamento dos jovens na internet. E os resultados mostram que a interação com o meio é tamanha que os riscos da exposição indevida nem sempre são avaliados por esse público.
    Um quinto dos jovens avalia
    que usa a internet além da
    conta, segundo a pesquisa
    O comportamento dos adolescentes brasileiros na rede foi o tema da sexta edição do projeto “Este jovem brasileiro”, desenvolvido pelo Portal Educacional (www.educacional.com.br), com a coordenação do psiquiatra Jairo Bouer, colaborador do UOL Ciência e Saúde. Participaram do levantamento alunos de 13 a 17 anos de 75 escolas de rede particular de ensino de todo o país.
    A pesquisa revela que 7% dos jovens já colocaram fotos ou filmes mais ousados na rede, 35% não usam filtros para impedir que qualquer um acesse as suas informações e quase 7% costumam abrir a webcam para pessoas que não conhecem. “Mas essa questão não parece ser ainda uma grande preocupação deles: 61% não se preocupam com avaliações futuras (trabalho, por exemplo) quando posta um conteúdo na internet”, comenta Bouer.
    De acordo com a pesquisa, 17% dos jovens já tiveram problemas no namoro, 11% na escola e 19% com os amigos por causa dos conteúdos publicados na web. Além disso, 10% já enfrentaram problemas por causa de imagens ou posts publicados por outras pessoas.
    Violência
    Entre os entrevistados, 69% concordam que o anonimato da Internet estimula as pessoas a ofenderem umas às outras, e 29% já fizeram algum comentário ou tiveram alguma atitude ofensiva com amigos ou desconhecidos.

    Veja alguns destaques da pesquisa

    - 23% dos jovens passam noites em claro por causa da internet, e 24% já deixaram de fazer outras coisas, como tarefas, trabalhos ou saír com os amigos pelo mesmo motivo
    - 21% avaliam que seu uso está acima do normal ou se consideram dependentes da internet
    - 38% já fizeram amigos na Internet que trouxeram para a vida real, 25% já “ficaram” e 13% já namoraram com alguém que conheceram na Internet, 9% já fizeram sexo virtual e quase 4% já fizeram sexo na vida real com alguém que encontraram na internet
    - 7% já colocaram fotos ou filmes mais ousados na rede e outros 7% costumam abrir a webcam para desconhecidos
    - 31% já foram vítimas de alguma forma de violência, 11% de preconceito e 15% já se sentiram mal em função de alguma agressão sofrida na internet
    Do total, 31% disseram que já foram vítimas de alguma forma de violência, 11% acusaram preconceito e 15% já se sentiram mal em função de alguma agressão sofrida. Mais de 3% evitaram sair de casa, falar com alguém ou ir à escola por algum problema surgido na internet.
    Encontros
    Os resultados mostram que 60% dos jovens já usaram a web para conhecer pessoas. Desses, 38% já fizeram amigos na internet que trouxeram para a vida real e 25% já “ficaram” com pessoas conhecidas na rede. E mais: 13% já namoraram com alguém que conheceram na web, 9% já fizeram sexo virtual e quase 4% já fizeram sexo na vida real com alguém que encontraram na rede.
    "A internet pode estar se tornando o grande ponto de encontro dos jovens. Para que se dar ao trabalho de se deslocar até o shopping, quando o outro pode estar ao alcance de alguns toques no teclado?", observa o psiquiatra.
    Dependência
    Mais de 20% dos participantes avaliam que seu uso de Internet está acima do normal ou se consideram dependentes e 17% enfrentam conflitos com os pais por conta do excesso de uso.
    Vale mencionar que 99% dos participantes da pesquisa têm computador em casa, sendo que metade o tem no próprio quarto. Mais da metade usa computador todos os dias, sendo que 40% usam internet de 2 a 4 horas por dia e 15% ficam conectados por mais de 8 horas.
    Entre os entrevistados, 23% passam noites em claro de vez em quando ou quase sempre na internet e 24% já deixaram de fazer outras coisas, como sair com os amigos ou fazer algum trabalho, para ficar no computador.
    A ansiedade ao se ver privado da internet também é grande: 63% ficam irritados quando não conseguem se conectar e 21% descrevem a sensação de que “falta alguma coisa” quando vão para um local que não tem internet.
    Problemas emocionais
    A pesquisa também detectou que jovens com problemas emocionais frequentes, que usam drogas ou bebem, vão mal na escola, têm relação ruim em casa ou pai e mãe que já faleceram, têm maiores riscos de exagerar no uso da internet. Esses adolescentes também estão mais propensos a colocar em risco sua segurança, criar problemas de relacionamento com os amigos ou agir de modo ofensivo.
    Na opinião do psiquiatra, impor limites e regras e controlar a vida dos jovens na internet não é a solução para o uso indevido da web. Mas é preciso que os perigos sejam informados. “É importante que o jovem seja ‘trabalhado’ para que ele próprio possa avaliar eventuais exageros e para que possa criar ‘filtros’ que o protejam melhor de situações de risco.”

    Tópico: Profissões "AUDIOVISUAL"


    13-Audiovisual

    É o conjunto de técnicas empregadas na criação e na produção e veiculação de filmes, vídeos e programas de rádio e TV. Esse bacharel tem como campo de atuação todos os meios de comunicação audiovisual e radiofônica: produtoras de cinema e vídeo, emissoras de rádio e TV ou empresas que desenvolvem sites para a internet. No rádio e na TV, elabora a programação jornalística, esportiva e de variedades, dirige e edita os programas, supervisionando a equipe de gravação e o trabalho dos produtores. Escolhe o cenário, prepara os entrevistados e os argumentos. Pode atuar ainda como apresentador. Na área de cinema e vídeo, escreve roteiros, escolhe os atores, diretores de arte e técnicos. Faz o cronograma das filmagens e viabiliza a locação e os equipamentos que serão usados. Determina a iluminação e edita as cenas. Trabalha também na produção executiva, na direção de atores e cenas, na assistência de direção, na montagem de imagens e na captação e finalização do som. Pode também produzir programas para transmissão na internet e em emissoras de TV por assinatura.

    O mercado de trabalho

    Cresce o mercado para o bacharel em Audiovisual, principalmente na produção de conteúdo para publicidade, que abrange, além de outras atividades, a edição de vinhetas para celulares e internet. As perspectivas de crescimento são boas devido à chegada da TV digital, diante da possibilidade de abertura de um grande número de novos canais. A participação do profissional em festivais ajuda a divulgar seus melhores trabalhos e alguns novos talentos. As oportunidades aparecem em agências de publicidade, produtoras de TV, cinema e vídeo. Muitos profissionais encontram estabilidade no mercado institucional, na produção de vídeos corporativos e de material de apoio para empresas. As melhores oportunidades de emprego se concentram em São Paulo (SP) e no Rio de Janeiro (RJ), mas outras capitais, como Florianópolis (SC), começam a ter vagas para o profissional.


    O curso


    O currículo abrange a linguagem audiovisual empregada em todos os meios de comunicação com matérias semelhantes às dos cursos de Rádio e TV e de Cinema. No início, predominam disciplinas básicas, como história e teoria do audiovisual. Matérias complementares, como roteiro de rádio, direção de atores e direção de arte, permitem ao estudante direcionar sua formação para a atividade de maior interesse. Ele precisa escolher duas das seguintes especializações para fazer ao longo do 3º ano: produção, roteiro, direção, direção de fotografia, som, hipermídia, montagem e edição ou pesquisa. Em algumas faculdades, Audiovisual é habilitação da graduação em Comunicação Social. No último ano, o aluno deve apresentar um trabalho de conclusão, desenvolvido em equipe, e fazer estágio obrigatório, que pode ser substituído por uma monografia.

    Duração média: quatro anos.

    Outros nomes: Artes Audiovisuais e Novas Mídias; Comun. Soc. (audiovisual e novas mídias); Comun. Soc. (audiovisual); Comun. Soc. (midialogia); Comun. Soc. (prod. de mídia audiovisual); Comun. Soc. (realiz. audiovisual); Imagem e Som.


    O que você pode fazer


    Animação Criar imagens com efeitos visuais, usando bonecos, fotografia, massas de modelar, desenho, papel e computação gráfica. Captação de som Escolher os equipamentos e microfones e tratar acusticamente a locação. Criação Conceber o projeto de um programa, assim como as vinhetas e chamadas para rádio e TV. Coordenação de programação Determinar o tipo de programa e o horário em que entrará no ar, definindo a linha da emissora. Direção Criar programas, definir o conteúdo, escolher a linguagem e o público e supervisionar o trabalho da produção e da equipe técnica em rádio ou TV. Em cinema, coordenar todas as atividades relacionadas à realização de um filme: da contratação da equipe técnica à orientação dos atores em cena e edição das imagens e sons. Edição Organizar o material produzido e fazer a montagem das cenas de filmes, vídeos ou programas de TV. Edição de som Criar, mixar e editar trilhas sonoras e sons de filmes ou vídeos. Fotografia Cuidar da fotografia do filme, da iluminação e também da definição de ângulos de enquadramento. Montagem Realizar a edição final das cenas de um filme ou um vídeo. Produção Providenciar a infra-estrutura necessária para a realização de programas de rádio e TV, de um filme ou vídeo. Escolher o projeto, elaborar o cronograma de filmagem ou gravação e contratar a equipe artística e técnica. Chamar entrevistados e providenciar o material de cena, o figurino, a maquiagem e o transporte, entre outras coisas. Roteiro Escrever narrativas, diálogos e apresentações de programas, novelas, minisséries ou filmes. Preparar blocos de programas para rádio e TV. Criar uma história ou fazer adaptações de obras para o cinema, com diálogos e descrição de cenas próprios da linguagem cinematográfica. Técnica Operar os equipamentos usados na filmagem, gravação de imagens e sons, iluminação, edição e fotografia.