sexta-feira, 1 de outubro de 2010

História do Brasil: Revolução Industrial

Convencionou-se chamar de Revolução Industrial o período histórico durante o qual a Inglaterra se transformou, de sociedade feudal-mercantil, de economia preponderantemente agrária, em uma sociedade de tipo novo para o século 18, ou seja, numa economia industrial, caracterizada pela produção em grande escala, mediante a utilização crescente de máquinas.

Apesar de a Inglaterra ter entrado tardiamente na era dos descobrimentos - e, portanto, na competição com Portugal e Espanha pela divisão das terras descobertas -, ela foi a nação europeia que mais rapidamente adaptou suas estruturas internas às novas condições competitivas que se instauraram no mundo.

Outro fato que contribui à reestruturação da Inglaterra foi a reforma protestante, o que levou à diminuição da influência da nobreza, à liquidação do poder do clero e ao sequestro e à redistribuição das terras e dos bens da Igreja.

Numa fase seguinte, durante a Revolução Inglesa, a burguesia nascente consegue debilitar também o poder do rei, criando assim uma nova classe dirigente, voltada ao comércio e à busca de enriquecimento.

Lentamente, a Inglaterra se especializa em não só tirar proveito das colônias alheias, mas em comerciar com elas, transportando inclusive escravos. Para se ter uma idéia desse comércio, entre 1700 e 1750, as indústrias inglesas voltadas para o consumo interno (alimentos e lã, por exemplo) aumentaram sua produção em 7%; ao passo que as indústrias destinadas à exportação (tecidos de algodão) aumentaram a produção em 75%.

A rápida industrialização inglesa também foi favorecida pelos "cercamentos": as terras que, durante o feudalismo, haviam sido de uso dos camponeses e moradores das vilas, começaram a ser apropriadas por aquela nova classe dirigente. Nessas propriedades, a agricultura era mais eficiente e a pecuária mais produtiva. Ao mesmo tempo, os camponeses emigravam para as cidades, criando uma massa em busca de emprego.

As principais etapas da Revolução Industrial




  • A expansão do comércio externo - e seus lucros fabulosos - ampliam o volume de capital e estimulam a expansão das manufaturas




  • Em 1733, um tecelão, John Kay, inventa uma lançadeira volante, pequeno aperfeiçoamento do tear manual. Cria-se, assim, um desequilíbrio tecnológico, pois as rocas de fiar passam a não ter capacidade de produção suficiente para suprir com fios os teares mais rápidos




  • A produtividade maior das novas máquinas de fiar e tecer causa um novo problema: começa a faltar algodão, pois este não podia ser descaroçado com suficiente rapidez





  • James Watt aperfeiçoa a máquina a vapor (usada na minas de carvão para bombear água), criando um sistema de transmissão que imprime movimentos a outros mecanismos.




  • Eli Whitney, em 1793, inventa o cotton gin, que descaroçava algodão três vezes mais rapidamente que um trabalhador




  • As plantações de algodão são expandidas




  • Surgem as grandes manufaturas, mecanizadas. O ritmo do trabalho se acelera




  • Crescente tensão social, fruto da urbanização desordenada, dos baixos salários e do aumento do número de desempregados.




  • O Estado regulamenta as horas de trabalho e amplia as formas de prestar assistência aos trabalhadores.




  • Adapta-se a máquina a vapor às carruagens. Surgem as primeiras locomotivas, ainda rudimentares.




  • George Stephenson aperfeiçoa a locomotiva a vapor, consegue uma concessão governamental para construir e operar uma linha e, em 1825, inaugura a primeira estrada de ferro do mundo. Vinte anos depois, a Inglaterra estava cruzada em todas as direções por ferrovias.




  • Em 1808, o primeiro navio a vapor, de madeira, cruza o Atlântico. Em 1837, vapores já iam regularmente à Índia. Em 1838 foi construído o primeiro navio de ferro, o Great Britain.




  • Aumenta a produção siderúrgica e metalúrgica na Inglaterra. Em 1856, Bessemer descobre, ao purificar o ferro, a maneira de fabricar aço.




  • A Inglaterra se transforma na oficina mecânica do mundo.
  • Obras Literárias em Pauta : A Senhorita Simpson (UESC)



    A senhorita Simpson (Conto), de Sérgio Sant'Anna
    A narrativa A Senhorita Simpson, de Sérgio Sant'Anna, foi publicada em 1989. A obra serviu de inspiração para o cineasta Bruno Barreto produzir "Bossa Nova", filme lançado em 2000.

    O assunto deste conto envolve o choque de valores que se dá entre a puritana protagonista, que parece ter saído das páginas do romancista americano Henry James, e a burguesia carioca com quem convive nas aulas de inglês que ministra em Copacabana.

    Em
    A Senhorita Simpson o ponto de partida é um cursinho de inglês, o Piccadilly, que serve como motivo principal para a narrativa. As inter-relações vitais para o enredo vão surgindo como decorrência dos encontros noturnos para as aulas, tendo como narrador-protagonista Pedro Paulo Silva, um dos alunos da turma, 29 anos, funcionário-público no Tribunal de Justiça, separado da mulher, um casal de filhos, habitando sozinho um pequeno apartamento na Prado Júnior e profundamente envolvido com uma dependência por Valium, como soporífero, e por mulheres, como carência de afeto. De certa forma sugerindo em tom de paródia o tipo romântico: a crise existêncial, uma espécie de obsessão pelo encontro intermeada por um ligeiro temor, a fuga das responsabilidades 'morais' e a fragilidade das relações não duradoura.

    A narrativa sugere um pequeno espaço brasileiro, essencialmente urbano: a zona sul da cidade do Rio de Janeiro, Copacabana, a classe-média, o inglês como língua de mercado e da moda, a mulher no trabalho, a separação conjugal, o misticismo oriental e a utopia da trilha pela Bolívia e Peru rumo a Cuzco e Machu-Pichu (roteiro seguido por tantos jovens da época). Tudo isto trabalhado com muita ironia e consciência crítica sobre o ato de narrar, por parte de um autor que certamente esteve no contexto, olhando desconfiado para alguns modelos, apreciando o sabor e a possibilidade do encontro e parecendo ter nunca se submetido ao vício.

    Assim, mantendo-se fora do interior da narrativa, Sérgio Sant'Anna distancia-se do mundo de seu protagonista, não se identifica enquanto narrador e através da alteridade transfere para a personagem a vivência da história (em seu duplo sentido: ficção e experiências do passado). A intertextualidade metaficcional enquanto reflexividade consciente do papel da ficção na contemporaneidade, é feita através do 'pastiche' em relação às histórias do gênero "
    meu tipo inesquecível", que aparecem na "Seleções do Reader's Digest", conforme apresentação feita na epígrafe da obra. E esse roteiro problematizador confunde-se com a própria narração enquanto técnica e modo de compor a narrativa. Como característica pós-modernista, no entanto, em tomo de uma superposição crítica e paródica, ficcional e historiográfica, Sérgio Sant'Anna procura reconstituir o estilo (gênero) ao invés da sensibilidade compositiva mais do que sob uma conceituação estética que privilegie o contexto puramente ideológico do discurso.

    O gênero "
    meu tipo inesquecível" instala-se na figura de Miss Simpson, faixa etária dos 40, sobrevivente de Woodstock, professorinha de inglês no Picadilly e que por um instante se converte na mãe desejada no auxílio geral e no sexo. E aqui também, como em toda história do gênero, aparece um final de "agradeço por tê-lo(a) conhecido", em deferência à importância da personagem narrada para a vida de quem com ele(a), de algum modo, um dia conviveu. Para o protagonista Pedro Paulo Silva, trata-se de Miss Simpson, que "lhe restará sempre na memória" enquanto forma de encontro necessário e vital.

    Assim, como técnica de narração, o tema e o enredo parecem juntar-se enquanto arranjo de linguagem e artificio cênico da mera banalidade do ato de viver: a linguagem é simples, objetivando uma aceitabilidade fácil e sugerindo o efeito comum de representação da vida enquanto dissolução do cânone maior. Ao mesmo tempo, no entanto, realçando o caráter da importância do fato para o narrador que tem na vivência do texto elaborado um motivo a mais para viver. Como pretexto de ter o que contar e lembrar. Não importa que quem narre seja deveras um escritor (no sentido de autor em alto grau), mas um narrador cônscio da sua própria fragilidade, um que se identifica (ou pelo menos pode fazê-lo) com tantos outros que pretendem também participar da ação de terem um dia narrado. Desta forma, vivência e ficção se confundem já que o gênero "meu tipo inesquecível" reproduz a verossimilhança com o vivido. E diante da extinção na contemporaneidade da experiência de narrar", quando o ser humano está diluído no meio da multidão e se torna presa fácil da tecnologia, as vivências históricas (não mais experiências propriamente)" tornam-se ocasionais, dissolvidas nos fragmentos colhidos pelos meios de comunicação de massa. Este é o lugar da narrativas do gênero "meu tipo inesquecível": um último refúgio que possibilite às gerações terem ainda o que e onde contar.

    O ponto de vista do narrador não é onisciente. Ele não mergulha na vida das demais personagens, que só se formam enquanto incursão cotidiana de relacionamento. Personagens opacas, portanto, sem aprofundamento psicológico. Apresentadas não em si mesmas, mas em relação às demais. Delas só se conhecem as superficialidades que estão presentes no contexto da ação. O próprio Pedro Paulo Silva é construído a partir de migalhas: pequenos detalhes aqui e ali. Assim, através de uma sugestão cênica fragmentada em episódios, o leitor vai se apropriando aos poucos de todo o enredo, o qual também é desprovido de profundeza. E as inter-relações pessoais no contexto da obra se esgotam rápido e fácil. O Piccadilly é quase que o único local de encontro. Nele os alunos da turma de Miss Simpson (sete no total) se conhecem e se entretêm como se fossem jovens adolescentes, possivelmente como um pretexto para o rompimento com o estado diurno do trabalho. As aulas noturnas de inglês funcionam, assim, como um espaço lúdico: próprio para o relaxamento e a desrepressão. Brincadeiras acontecem, num constante passar de bilhetinhos em classe, além das gozações mútuas.

    Evidente que a trama maior se dá em tomo do narrador e protagonista Pedro Paulo Silva: seu relacionamento remoto com a ex-esposa Antonieta; sua visita ocasional aos filhos quando lhes conta estórias inventadas; seu ligeiro contato com o pai e amigo advogado, alcoólatra e depois suicida, que vive com a quarta mulher, Maria de Fátima (nome artístico: Mara Regina), num apartamento em Laranjeiras; seu distanciamento da mãe agora casada "
    com um joalheiro careca e chatísismo"; seu encontro com o misterioso e suspeito Wan-Kim-Lau chinês, amigo de Antonieta, impregnado com a sabedoria oriental e professor de tai-chi-chuan numa academia; sua dependência por Valium antes de dormir e seu infatigável apetite sexual por mulheres movido por uma espécie de descontrole emocional baseado no desejo de livrar-se do tédio.

    Em forma de flashes momentâneos, a ação e o cenário vão se compondo, quando a narrativa se propõe a realçar a similitude com as histórias do gênero "meu tipo inesquecível". Assim, o estilo é claro, sem maior ostentação retórica e técnica, a não ser pelo recurso utilizado na passagem em que Pedro Paulo Silva conta para o Gordo sua transa com Ana e o autor sobrepõe simultaneamente e de modo engenhoso três focos narrativos diversos. Também algumas frases de efeito aparecem: "
    A gente sempre morre antes da última dose" (deixada pelo pai suicida dentro de uma "garrafa quase vazia", antes de se matar); "meu reflexo de passageiro da vida no espelho" (em conotação com a contemporaneidade); "a fragrância de um perfume na memória" (parecendo Marcel Proust); "o alvorecer das utopias" (em analogia ao sonho hippie); "A história se repetia como comédia; esperava-se que não se repetisse como tragédia" (parodiando Karl Marx).

    No interior da narrativa uma proposta intertextual aparece enquanto uso constante de um inglês básico, que aqui e ali postula do leitor um mínimo de domínio. E esse cruzamento interlinguístico deriva do Picadilly, onde, através de Miss Simpson, Pedro Paulo Silva e o resto da turma preenchem o vazio de suas próprias histórias com as aventuras vividas pelos Dickinsons, Harrisons e Jones, personagens de uma outra história; o livro didático utilizado.

    Por outro lado, as questões sociais e políticas são abandonadas ou, no mais, deixadas à imaginação do leitor enquanto apelo irônico; como exemplo, o episódio da greve no Piccadilly, ironizando maio de 68 e o movimento político brasileiro pós-64. O Matoso, um dos alunos da turma, é pego fumando
    marijuana no banheiro da escola e um ruidoso Mr. Higgins, o diretor, pretende expulsá-lo pois, embora fosse uma droga leve e que "se disseminara por todas as escolas", conforme argumentara Miss Simpson assumindo a defesa dos alunos, em "- Escolas só de inglês, não -", receoso de que "se aquilo se tomasse um hábito", "o nome do Piccadilly (...) iria por água abaixo". Como se fosse um 'É proibido proibir' a greve então é proposta. No entanto não acontece; Miss Simpson convence o diretor.

    Mas, tem-se a alusão a "
    um marco histórico no movimento estudantil", ao "dinheiro da CIA no negócio"; o eco das "palavras liberty and democracy" e a ovação para que o protagonista Pedro Paulo Silva seja elevado à categoria de "líder revolucionário". A ironia se faz presente, então, de forma completa: em seu caráter ideológico contraditório, já que estabelece um vínculo com a história ao mesmo tempo em que sugere o tema como um passado perdido. Assim, o que ocorrera em termos reais até em desprendimento (enquanto abnegação = sacrifício dos próprios interesses em beneficio de uma causa maior) torna-se agora fragmentos do passado, memória apenas de uma vivência de se 'ter ouvido falar'.

    A partir dessa analogia intertextual entre o passado e o presente, entre a novela e as histórias do gênero "meu tipo inesquecível", percebe-se na composição cênica de
    A Senhorita Simpson a vida aparecendo como o grande intertexto. Já não mais em torno de um 'eu' utópico, indivisível e potente enquanto projeto "liberal humanista", mas de um 'eu' fragmentado e, de repente, se vê no vazio. Vale, então, a lembrança de 'roteiros', não mais como um enredo coeso em tomo de um princípio, um meio e um fim. Mas, enquanto possibilidade de apego a um presente de imagens meio-ambientais (natureza - indivíduo(s) - objetos) que se arranja ou se compõe como ajuntamento de estilhaços visuais: como "um tremendo pôr-do-sol sobre o mar de Copacabana", a "porta pantográfica" do elevador, ou os "reflexos luminosos que estampavam tonalidades fantasmagóricas na pele de Miss Simpson".

    O arranjo cênico então sugere 'os olhos a se alimentarem de luz', fixos na possibilidade que o meio-ambiente oferece, uma vez que o passado virou migalhas e já não há mais experiências reais para se narrar: somente vivências ou lembranças momentâneas. Neste ponto, a intertextualidade entre ficção e historiografia propõe a reflexão de que todo o jogo político do passado foi apenas um modo de constructo ideológico enquanto jogo de poder. E a identidade histórica torna-se qualidade apenas narrativa, na arte da composição. Para Pedro Paulo Silva, esse recurso significa procurar a lembrança de seu 'tipo inesquecível' e, conforme sugere Walter Benjamin, "
    começar tudo de novo", "contentar-se com pouco", operando "a partir de uma tábula rase'. E ele assim faz: fura uma das orelhas para "colocar nela um brinco dourado" e ao completar 30 anos estará deixando para trás não a sua juventude, mas a sua velhice, rumo à Bolívia, Peru, Cuzco e Machu-Pichu.

    A senhorita Simpson é o exemplo da terceira fase do autor, onde continua fazendo exercícios metalinguísticos, mas os subordina ironicamente à história que conta. A obra transgride as próprias "convenções" do autor: o diálogo é ágil, mais "realista", sem as massas verbais típicas da sua representação do mundo; há uma nitidez, uma luminosidade que atravessa a narrativa inteira; e, o mais significativo, no final da novela encontramos um dos raros momentos em que o narrador, com simplicidade, endossa o ponto de vista de seu personagem, entregando-se ao texto sem atravessá-lo de ironia: "Aos trinta anos, eu estaria deixando para trás não a minha juventude, mas a minha velhice".

    Tópico: Profissões "Engenharia de Produção"

              7-ENGENHARIA DE PRODUÇÃO


    É o ramo da engenharia que gerencia os recursos humanos, financeiros e materiais para aumentar a produtividade de uma empresa. O engenheiro de produção é peça fundamental em indústrias e empresas de quase todos os setores. Ele une conhecimentos de administração, economia e engenharia para racionalizar o trabalho, aperfeiçoar técnicas de produção e ordenar as atividades financeiras, logísticas e comerciais de uma organização. Define a melhor forma de integrar mão de obra, equipamentos e matéria prima a fim de avançar na qualidade e aumentara produtividade. Por atuar como elo entre o setor técnico e o administrativo, seu campo de trabalho ultrapassa os limites da indústria. O especialista em economia empresarial, por exemplo, costuma ser contratado por bancos para montar carteiras de investimentos. Esse profissional é requisitado, também, por empresas prestadoras de serviços para gerenciar a seleção de pessoal, definir funções e planejar escalas de trabalho.

     

    O mercado de trabalho


    As perspectivas são boas para o engenheiro de produção. Em muitos casos, empresas como Nestlé, IBM, Oracle e Scania vão até as faculdades em busca de alunos que estão concluindo o curso. Cerca de 70% das contratações são feitas por bancos, administradoras de cartão de crédito e empresas multinacionais. As 30% restantes partem de indústrias. No primeiro caso, o engenheiro de produção atua na gestão de carteiras e análise de investimentos de clientes bancários. No segundo, trabalha com logística, coordenação de produção e sistemas produtivos. Engenheiros com uma formação sólida também têm boas chances de seguir carreira no exterior. Outros dois ramos em evidência são o mercado acionário e o de transporte, com destaque para as concessionárias que administram rodovias. A maioria das vagas concentra-se no Sudeste, mais precisamente em São Paulo e no Sul. No Nordeste, o destaque é o pólo têxtil do Ceará.

     

    O curso


    No começo, o curso enfoca as disciplinas básicas de engenharia, com bastante cálculo, como matemática, física, química e informática. Depois entram as matérias específicas de produção, como gestão de investimentos, organização do trabalho e economia e estratégia de empresas. Nos últimos anos acrescentam-se as de sociais aplicadas, como administração e economia, e, na etapa final, o aluno começa o estudo específico da habilitação escolhida. Para se diplomar é preciso fazer estágio e apresentar uma monografia. Várias escolas oferecem o curso voltado para alguma habilitação específica, como mecânica ou civil.

    Duração média: cinco anos.

    Outros nomes: Eng. (eng. da prod. agroind.); Eng. Em Processos de Prod. 

     

    O que você pode fazer

     
    Economia empresarial Gerenciar a vida financeira de uma empresa, definir a aplicação de recursos, lidar com custos, prazos, juros e previsão de vendas. Engenharia do trabalho Administrar a mão-de-obra, para a produção de bens ou a prestação de serviços. Avaliar custos, prazos e instalações para possibilitar a execução do trabalho. Desenvolvimento organizacional Analisar e definir a estrutura da empresa, de acordo com o mercado. Planejamento e controle Implantar e administrar processos de produção, da seleção de matérias-primas à saída do produto. Estabelecer padrões de qualidade e fiscalizar seu cumprimento. Gerenciar operações logísticas, como armazenagem e distribuição.

    Biologia: Evolução

    Lamarck

    Lamarck (1744-1829) foi um naturalista francês que ficou conhecido pela elaboração de uma das primeiras teorias acerca da evolução dos organismos. Segundo Lamarck, o ambiente era capaz de provocar alterações nos seres vivos, modificando suas formas e comportamentos.

    Esse cientista postulou a chamada lei do uso e desuso. A lei diz que, devido à pressão do ambiente, os organismos passariam a utilizar mais certas partes do corpo em detrimento de outras. As partes mais utilizadas se desenvolveriam e cresceriam, enquanto as outras ficariam reduzidas e atrofiadas.

    Lamarck também elaborou uma segunda lei, a lei da herança dos caracteres adquiridos. Através dela, Lamarck defendia que as mudanças adquiridas através da lei do uso e desuso seriam transmitidas à prole.

    O exemplo mais famoso da teoria lamarquista é o caso do pescoço das girafas. Segundo Lamarck, as girafas ancestrais teriam pescoços mais curtos. De tanto esticar o pescoço para alcançar o alimento no topo das árvores, estes teriam se tornado cada vez mais longos. As girafas com pescoços longos transmitiram essa característica aos seus descendentes.

    Darwin

    Darwin (1809-1882) foi um naturalista inglês que ficou conhecido pela elaboração da teoria da seleção natural.

    Segundo essa teoria, em uma população existe variabilidade entre os indivíduos, ou seja, estes não são iguais entre si. Essa variabilidade faz com que alguns indivíduos tenham características mais propícias a sobreviver num determinado ambiente.

    Assim, dentro da população, aqueles que apresentam tais características tendem a sobreviver, e aqueles que não as têm tendem a morrer. Portanto, pode-se dizer que os indivíduos são submetidos a um processo de seleção natural realizado pelo ambiente.

    Voltando ao exemplo das girafas, segundo Darwin, as populações de girafas ancestrais apresentavam diversos tamanhos de pescoços. A competição intraespecífica e a seleção natural favoreceram aqueles indivíduos com pescoço mais longo. Estes, por sua vez, obtiveram um maior sucesso reprodutivo, deixando um maior número de descendentes.

    No entanto, Darwin não sabia explicar como essas características passavam para os descendentes nem o motivo da variabilidade entre indivíduos de uma mesma espécie.

    Neodarwinismo

    O neodarwinismo, ou teoria sintética da evolução, surge no século 20 e representa a união entre a genética e as ideias de Darwin. A partir da compreensão da transmissão de caracteres através dos genes e da variabilidade genética foi possível explicar como as características são passadas para os descendentes - e também a variação entre indivíduos da mesma espécie.

    A partir daí foi possível compreender que as mutações e recombinações gênicas são fatores que promovem a variabilidade entre os organismos que serão, então, selecionados de acordo com as pressões exercidas pelo ambiente.

    Evidências da evolução

    Algumas evidências servem como base para fundamentar as teorias evolucionistas. Entre elas, podemos citar, por exemplo, a existência de registros fósseis, além dos órgãos homólogos, análogos e vestigiais:
    • Fósseis

      Os fósseis são restos ou vestígios de organismos que se mantiveram preservados em rochas ou outros sedimentos. A análise dos fósseis permite o estudo comparativo entre organismos ou estruturas de diferentes eras geológicas, acompanhando as suas mudanças ao longo do tempo.

    • Órgãos homólogos

      Órgãos homólogos são aqueles que apresentam a mesma origem embrionária, podendo - ou não - desempenhar a mesma função. Os braços dos humanos e as asas de morcegos são exemplos de órgãos homólogos (mesma origem), mas que desempenham funções diferentes.

      A homologia pode ser explicada através do processo de irradiação adaptativa, ou seja, do processo de diferenciação das espécies a partir de um ancestral comum.
       
    • Órgãos análogos

      Órgãos análogos são aqueles que, apesar de realizarem a mesma função, não possuem a mesma origem embrionária. São exemplos de órgãos análogos as asas dos insetos e das aves.

      Os órgãos análogos indicam que não há relação de parentesco entre as espécies, porém evidenciam a ocorrência da convergência adaptativa. A convergência adaptativa é o nome dado às adaptações de espécies diferentes que habitam um mesmo ambiente.
       
    • Órgãos vestigiais

      São órgãos atrofiados ou que não desempenham nenhuma função em algumas espécies, mas que são funcionais em outras. Indicam a presença de um ancestral comum entre as espécies nas quais ocorrem.

      O exemplo mais comum são os apêndices de humanos e coelhos. Em humanos, o apêndice é uma estrutura pequena e sem função. Já nos coelhos, o órgão exerce importante função no processo digestivo.